sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Introdução a Morfossintaxe – Aula 1

Grupo: Mulheres de Letras 

Integrantes: Aline Carvalho, Camila Navarro, Paola Oliveira, Renata Batista e Soffia Barros

SAUTCHUK, Inez. Prática de morfossintaxe. 2ª Edição. São Paulo: Manole, 2010 (Pag. 01 – 9)


Olá Galera!  Como tá do lado daí?

Hoje vamos introduzir um pouco do que é a morfossintaxe de uma maneira mais simples para que você e eu possamos entender o que todo mundo acha que é “o bicho de sete cabeças” hahahaha Vamos lá?

 
A língua se rege na relação harmônica entre aspectos fonológicos (sons da língua – fonemas), morfológico (formação de palavras – morfemas), sintáticos (relações que as palavras estabelecem entre si – sintagmas) e semântico (significado em qualquer um desses níveis de análise), assim:
“Todo usuário da língua concretiza seus atos de fala exercendo sua competência comunicativa, produzindo textos (orais e escritos), baseado nessas unidades e orientado pela força intrínseca das leis fonológicas, morfológicas, sintáticas e semânticas que as organizam ou que as autorizam. ” (SAUTCHUK p. 2)
As regras fonológicas, morfológicas e sintáticas são intrínsecas à língua, ou seja, são específicas dela, ditam o que pode ou não pode. Já as regras semânticas servem para relacionar as construções da língua ao mundo extralinguístico.
As construções da língua, desde que obedeçam às regras gramaticais dessa mesma língua (fonológicas, morfológicas, sintáticas e semânticas), são chamadas bem formadas.
1-     Meus todos os amigos são divertidos.     (Sintaxe)
2-     Meus amigo são demais. (Padrão)
3-     Me dá um chops e dois pastel. (Padrão)
4-     Beber o pastel  (Semântica)
5-     Seu cachor está doente. (Morfologia)
Todos os falantes, acessando sua gramática internalizada, sabem que a sentença 6 ‘parece’ português’:
6 - As falemas do fanto mevem em fiscos.
Nessa frase, há evidencia de leis morfológicas e sintáticas do português que nos permite localizar não só flexões típicas de gênero e número em prováveis substantivos, flexões verbais e assim, sabemos que a frase não usa “palavras” do português, mas organiza-se e autoriza-se mediante suas regras constitutivas.

As unidades linguísticas e os níveis de análise
 Nesse esquema, a escala de unidades linguísticas organizadas segundo graus de posição que seguem: (clique na imagem para ver em tamanho maior)
 princípios constitutivos na língua:

       
          A função do morfema é nomear ou relacionar os 3 elementos básicos do mundo biossocial/antropocultural:

OBJETOS: representados pelos substantivos.
QUALIDADES: representados pelos adjetivos.
AÇÕES: representados pelos verbos
          Os morfemas que nomeiam esses elementos são os morfemas lexicais ou lexemas e os morfemas que relacionam são os morfemas gramaticais ou gramemas. Nesse esquema simplificado, é possível visualizar a descrição de ambos: (clique na imagem para ver em tamanho maior)


A classificação entre gramemas e lexemas é melhor que palavras variáveis (substantivos, adjetivos, verbos, artigos, pronomes e numerais) e invariáveis (advérbios, preposições, conjunções e interjeições) pelo caráter funcional da primeira. Basta dividir o acervo de palavras do português em palavras carregadas semanticamente como advérbios nominais, verbos, adjetivos, e os substantivos das demais categorias autônomas como palavras de funcionalidade gramatical (os gramemas independentes)
Em um enunciado qualquer, teríamos a seguinte categorização inicial, em que L = lexema e G = gramema
Exemplo:
O livro preferido de vários alunos caiu sobre a mesa.
G   L        L             G    G        L         L      G     G    L
O maior problema para o reconhecimento das categorias de palavras em português reside justamente em diferenciar aquelas que pertence ao arquivo aberto (substantivos, adjetivos e verbos), uma vez que todas as demais poderiam ser teóricas e facilmente memorizadas porque formam um conjunto fechado, que não se altera ou cresce.


E por hoje é só! Espero que vocês tenham gostado e deixe seu comentário também!
Até mais! 
 

Um comentário:

  1. Grupo: Morphosyntax learners (Assis, Eliézer, Humberto, Leandro e Leonardo)

    Texto muito bom e que simplifica bastante a compreensão das ideias desenvolvidas no capítulo I do livro "Prática de Morfossintaxe", da professora Sautchuk. A linguagem é de fácil acesso, sobretudo para os leigos no assunto tratado. As imagens com "mini resumos" tornam a aprendizagem mais interessante e os GIFs dão um caráter mais divertido ao texto. Há uma abordagem sobre os âmbitos de estudos linguísticos, a hierarquia gramatical, além dos conceitos de gramema e lexema. A quantidade de exemplos mostra, na prática, aos leitores a aplicação dos conceitos estudados. Por mais que o texto esteja resumido, o grupo não permitiu a falta de detalhes, uma vez que as informações mais importantes são expostas de maneira lúdica, mas formal. Parabéns pelo trabalho!

    ResponderExcluir