terça-feira, 19 de setembro de 2017

O Que é Mofossintaxe? (Fichamento, capítulo 1)

SAUTCHUK, Inez. Prática de morfossintaxe. 2ª Edição. São Paulo: Manole, 2010 (P. 01 – 13)

O Que é Mofossintaxe 1

Os estudos gramaticais

O estudo da gramática de uma língua costuma ser feito, pedagogicamente, sob quatro aspectos, conforme as unidades linguísticas em estudos: fonemas, morfemas e palavras sintagmáticas e frases, e unidades semânticas em geral. A cada um desses tipos de unidades linguísticas corresponde uma determinada área de estudo, ou seja, fonologia, morfologia, sintaxe e semântica. (p.01)
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São consideradas bem formadas todas as construções que não desobedeceram à gramática da língua, isto é, a qualquer uma de suas leis, não só àquelas que sejam consideradas normativas, mas principalmente àquelas que sejam constitutivas dessa gramática. (p.02)

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A língua como um sistema – fenômeno que lhe garante a unidade e a identidade secular – permite, porém, muitas realizações concretas e a identidade secular – permite, porém, muitas realizações concretas individuais que veriam mediante um emaranhado de fatores e que representam a diversidade de uso. É por isso que, em pleno século XXI, um falante do português consegue identificar como escrito em Língua Portuguesa um texto do século XVI, ainda que lhe cause “estranheza” o uso diferente de algumas regras gramaticais e de um vocabulário diferente de que ele conhece atualmente. Isso ocorre porque existe uma estrutura linguística imutável que sustenta a língua e subjaz a quaisquer outras realizações que dela se façam. (p.03)

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A menor unidade significativa da língua, é o MORFEMA, que se combina a outros morfemas para formar a unidade imediatamente superior, o VOCÁBULO (ou PALAVRA), que, por sua vez, combina-se a outros vocábulos para formar o sintagma. À unidade linguística denominada sintagma cabe o papel de representar os constituintes imediatos da unidade imediatamente superior – a FRASE (ou ORAÇÃO). Finalmente, para ocupar o status de maior unidade significativa e comunicativa da língua, elegemos o TEXTO, unidade pela qual todo falante exerce efetivamente sua capacidade de “por uma mensagem”. Observe a sequência:


MORFEMA = VOCÁBULO = SINTAGMA = FRASE = TEXTO.                
                                                                                                                          (p.05)

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OBJETOS: representados pelos substantivos.
QUALIDADES: representados pelos adjetivos.
AÇÕES: representados pelos verbos. (p.06)

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As unidades linguísticas que servem para nomear esses elementos, são chamadas de MORFEMAS LEXICAIS ou LEXAMAS. Aquelas que servem para relacionar os primeiros são chamadas de MORFEMAS GRAMATICAIS ou GRAMEMAS, pois existe existem apenas no mundo gramatical. (p.06)

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Lexema: o lexema é um tipo de palavra que contém informação básica de significado que representa o mundo extralinguístico ou remete a ele. Chamamos esse mundo extralinguístico de mundo biossocial/antropocultural, pois representa aquilo que se poderia definir como “o ser humano e a sua cultura na vida em sociedade”. Os lexemas constituem uma espécie de arquivo, de inventário aberto, pois com a função de nomear essa realidade, podem apresentar um crescimento contínuo e teoricamente infinito de palavras em uma língua. (p.06)

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Gramemas: há um conjunto de palavras na língua que remete exclusivamente a um mundo gramatical (apenas linguístico) e é restrito à função de apenas relacionar palavras. Se o mesmo falante da língua lesse a palavra essa, o ou mais, qual seria a imagem mental representativa do mundo do mundo biossocial/antropocultural que se formaria em sua mente? Ele conhece essas palavras, sabe que pertencem à Língua Portuguesa, mas elas não têm carga semântica representativa. Essa categoria de palavras serve, gramaticalmente, apenas para relacionar palavras do outro tipo de arquivo, formando estruturas maiores, como essa árvore, o chorar, mais pesado. Esse tipo de palavra constitui também um arquivo, mas um inventário fechado, pois, em nossa língua, não se criam novos nem se modificam gramemas há muito tempo. (p.07)

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Quando os gramemas compõem a estrutura de um vocábulo, são chamados de gramemas dependentes, pois não têm autonomia, ou seja, apenas fazem parte de uma espécie de matriz vocabular anterior. Esse tipo de morfema gramatical aparece na língua sob forma de:
1)                 Afixos = Prefixos
                            Sufixos
2)                 Vogais temáticas

3)                 Desinências = Nominais (de gênero e número)
                                      Verbais (de modo, tempo, número e pessoa)
                                                                                                                    (p.07)

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Quando os gramemas têm autonomia vocabular e sozinhos constituem uma palavra, recebem o nome de gramemas independentes. É o caso dos artigos, dos pronomes, dos numerais, das preposições das conjunções e dos advérbios pronominais. (p.08)

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Grupo: Morfomaniacos.

Integrantes: Chiara, Diana, Mariana e Victor.

2 comentários:

  1. Grupo: Morphosyntax learners (Assis, Eliézer, Humberto, Leandro e Leonardo)

    Fichamento muito bom; sintetiza bem aquilo que foi exposto no capítulo I do livro da Inez Sautchuk. Os pontos principais encontram-se presentes no texto; tais como as áreas de estudo da língua, as condições para que uma construção linguística seja considerada bem formada e o fato de as unidades se combinarem, formando unidades linguísticas superiores até chegarmos ao texto - fator que Sautchuk chama de "hierarquia gramatical". Logo depois, podemos verificar uma explicação dos principais conceitos abordados no livro: os lexemas e os gramemas. Esses primeiros possuem uma carga social/cultural e, portanto, estão sempre se ampliando, expandindo-se. Já os gramemas não existem senão no mundo gramatical, servindo para relacionar, ordenar os lexemas. Abaixo, faz-se uma distinção importante: a diferença entre os gramemas dependentes e independentes. Como já dito, o fichamento está bem objetivo e claro, sendo um recurso bastante útil no intuito de estudar a morfossintaxe de maneira mais direta (quando já se possui conhecimento do texto integral presente no livro).

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  2. Eu gostei muito deste fichamento. Estou a fazer um resumo da obra de Inez.

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