quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Capítulo II

Olá!!! 

Essa postagem apresentará uma síntese de conteúdo do capítulo II, do maravilhoso livro  da Inez Sautchuk. Como foi dito inicialmente por ela:
"As palavras existentes em qualquer língua são agrupadas em várias classes, conforme a semelhança de formas que apresentam paradigmaticamente, ou, para alguns autores, conforme o tipo de funções que podem desempenhar no eixo sintagmático ou, ainda, conforme o sentido que podem expressar."(p.15).

 E você sabe qual a verdadeira função desses agrupamentos? Simplesmente a de melhorar a organização, para que nós usuários da língua, possamos alcançar nossos objetivos com facilidade no ato comunicacional, ou seja, ser compreendido.
Partimos então dos conceitos utilizados pela autora, para definir a estrutura da língua e chegamos aos respectivos termos: " FORMA, FUNÇÃO E SENTIDO", para o seu reconhecimento em uma análise, algo em especial deve ser observado para cada um dos termos: 

  • FORMA, observa-se os elementos estruturais que podem ou não compor paradigmaticamente as palavras.
  • FUNÇÃO, nota-se a posição a ser ocupada no eixo sintagmático.
  • SENTIDO, compreende-se uma relação do dois anteriores e examina-se uma provável relação com o fatores extralinguísticos.

↳  Observe como há uma ligação entre o aqui exposto e algo já visto em Semântica.
 "As relações de sentido entre palavras e entre expressões e entre sentenças tem sido um tema tradicional da semântica."  (Cap. Semântica Formal, do livro do Fiorin, Ana Müller & Evani Viotti, p. 7)


Abordamos consecutivamente, as classes gramaticais, que no ensino tradicional restringiam-se em variáveis e invariáveis. Agora tomadas como Inventário aberto e fechado, em uma análise, como diria a autora Se nos ativermos a características e a mecanismos essencialmente de caráter morfossintáticos (ou só mórficos, ou só sintáticos) da língua, veremos que é possível reconhecer com mais segurança as palavras que constituem o seu sistema lexical aberto - exigência imprescindível, já que é impossível decorar todo esse acervo"(p.18)

Em seguida, dada a  importância da existência de uma sucessão na organização das unidades linguísticas ( Morfema -  vocábulo -  Sintagma - Sentença -  Texto ),  Inez exemplificou tal relevância . "Contudo, não é uma marca formal que define o gênero da palavra "personagem" ou o número da palavra "pires", mas o fato de comporem, no eixo sintagmático, uma relação grupal com outras palavras,constituindo dessa forma, uma unidade linguística superior"(p. 18)
↳  Ex:  PLURAL -  Adorei seu conjunto de xícaras e pires.
        SINGULAR -     Adorei sua xícara e seu pires.

Mas é sempre importante lembrar que: " (...) é muito difícil dizer que uma determinada palavra será sempre um substantivo ou um adjetivo, o que existe são características peculiares (de natureza mórfica e/ou sintática) a determinadas classes de palavras que permitem, em um determinado contexto, assegurar-nos de que se trata deste ou daquele tipo de palavra: a língua não funciona em relação a um único eixo (paradigmático ou sintagmático).

DICA PARA RECONHECER UM SUBSTANTIVO - Tente colocar um determinante antes da palavra...


DETERMINANTE ???
gramemas independentes que identificam a referência das palavras por meio da situação espaço temporal ou delimitam seu número. Ex : Artigos definidos ou indefinidos, pronomes demonstrativos...
↳  Ex:   Aquele é o homem do qual lhe falei. /  O dia foi lindo.


DICA PARA RECONHECER UM ADJETIVO  - Experimente anteceder o adjetivo com um intensificador como " tão, bem, muito ..."

INTENSIFICADOR ???
Palavrinhas (normalmente advérbios) que ao serem empregadas antes de outro vocábulo, modificam sua escala de avaliação.
↳  Ex:  Este semestre foi tão cansativo.   
               A Professora Ilka é muito gentil com a nossa turma.

Mas para concluirmos o inventário aberto, e o VERBO ?

Disse Inez em seu livro que " o verbo é uma das classes gramaticais que mais facilmente se ajusta a uma identificação de natureza morfossintática, pois não deixa de ser sempre uma palavra inevitavelmente marcada pelas desinências número-pessoais/modo-temporais e vinculada a um pronome do caso reto, ainda que não expresso no enunciado. 


Após todas essas discussões, achamos importante destacar alguns conceitos expressos pela autora, neste capitulo, este talvez resuma bem os elementos que podem compor a sentença e suas funções."DETERMINANTES: artigos, pronomes possessivos e demonstrativos, pronomes indefinidos em posição adjetiva e relativos, como cujo -a, -os, -as). SUBSTITUTOS: pronomes em posição substantiva, como os retos. QUANTIFICADORES: numerais cardinais, alguns advérbios, como muito, pouco, demais, e alguns pronomes indefinidos (em posição adjetiva), como muito -a, -os, -as) e todo -a, -os, -as). RELATORES: preposições e conjunções. AUXILIARES: verbos que participam de forma finita ou não finita de outro verbo, como ser, estar, ter e haver. " (p. 33)

Grande abraço galerinha!!! 

Atenciosamente, O Bonde das maravilhas.




terça-feira, 21 de novembro de 2017

Capítulo III - Tipos de Sintagmas



Nesse post vamos analisar OS 5 TIPOS DE SINTAGMAS da morfossintaxe da Língua Portuguesa, trabalharemos com as definições e exemplos de cada um na frase. Vamos lá!  

OS 5 TIPOS DE SINTAGMAS
 
O que é um sintagma?
O sintagma consiste num conjunto de elementos que constituem uma unidade significativa dentro da oração e que mantêm entre si relações de dependência e de ordem. Organizam-se em torno de um elemento fundamental, denominado núcleo, que pode, por si só, constituir o sintagma. Os linguistas identificam, de acordo com o respectivo núcleo, 5 tipo de sintagmas na Língua Portuguesa:

Sintagma Nominal

O sintagma nominal é uma combinação que tem como núcleo um substantivo, ou seja, quando o núcleo de um sintagma é um (nome ou um pronome), este recebe o nome de sintagma nominal (SN).
Exemplo: Os alunos entregaram os livros.
Temos na oração dois sintagmas: os alunos, cujo núcleo é “alunos” e o complemento verbal representado pelo objeto direto, cujo núcleo é “livros”.
Sintagma Verbal
Constitui o predicado da oração, tendo o verbo como núcleo. O sintagma verbal tem como eixo estruturante um verbo transitivo direto, indireto, ou intransitivo, pois, o verbo exerce a função de abrigar a informação principal do enunciado.
Exemplo: A prática da escrita desenvolve a reflexão crítica.
Observamos que a parte grifada na oração acima é um sintagma verbal, pois tem em seu núcleo um verbo transitivo direto que precisa de um complemento para conter o sentido completo da oração.

Sintagma Adjetival

O sintagma adjetival tem como núcleo um adjetivo, portanto, ele ocorre nas mesmas funções típicas do adjetivo. É formado também pelo complemento nominal e seus respectivos advérbios modificadores  pelo predicativo.
Exemplo: A prática da escrita parece ótima.
Temos o sintagma adjetival, representado pelo predicativo do sujeito “ótima”.

Sintagma Adverbial

O sintagma adverbial tem no núcleo um advérbio (palavras invariáveis que expressam tempo, lugar, modo, circunstância, companhia e etc.) e constituem os adjuntos adverbiais.
Exemplo: A redação foi escrita muito apressadamente.
Nesta oração temos dois advérbios, muito e apressadamente, compondo assim, o adjunto adverbial de modo.

Sintagma Preposicional

É a unidade que se liga a outra por meio de uma preposição, Constituindo-se da locução prepositiva, servindo de modificador de qualquer outro sintagma.
Exemplo: Somos culpados pelo fracasso dos candidatos.

Na oração acima temos como sintagma preposicional o termo “pelo fracasso dos candidatos”, por ser constituído da preposição “por” e “dos”, representadas pelos sintagmas em evidência.


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Grupo: Bonde das Maravilhas
Camila Debastiani, Gabriela Nogueira, Lucas Marques, Michelle Lima.