segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Capítulo III – parte I – O estudo da sintaxe

Grupo: Morphosyntax learners (Assis, Eliézer, Humberto, Leandro e Leonardo)

Referência: SAUTCHUK, Inez. Prática de morfossintaxe: como e por que aprender análise (morfo)sintática. 2. ed.Barueri, SP: Manole, 2010. p. 43-51.

Com a leitura de cada capítulo da presente obra, podemos ter uma desconstrução do pensamento de que “a Língua Portuguesa é difícil”, pois a autora nos apresenta conteúdos que aqueles que já concluíram a educação básica deveriam dominar de forma fácil. O capítulo três, assim como tudo o que a obra nos apresenta, é de suma importância, tendo em vista que nele há uma área de estudo que assegura  identidade da língua.
O terceiro capítulo do livro da professora Inez Sautchuk começa com a apresentação da etimologia da palavra sintaxe, vinda do grego sýntaxis, que significa ordem, relação, combinação. Desde a explicação do significado já podemos ter uma ideia do que vem a ser o estudo da sintaxe, que tem por objetivo a análise das relações entre as unidades linguísticas ocorridas no eixo sintagmático.
Na gramática, a sintaxe é a que se preocupa com os padrões estruturais dos enunciados ocorridos em uma determinada língua e a partir dela, através das leis sintáticas, nos mostrará quais estão mais de acordo com os padrões da língua em questão; e,no caso da Língua Portuguesa, irá apresentar as que são “pertencentes” ou “não-pertencentes” a ela. Segundo Sautchuk (p.44) a força e a importância que essas leis têm são de extrema relevância, pois nelas a língua mantém sua identidade. Também podemos ter, por ela, a inteligibilidade de um texto.
Muitas pessoas passam pelo ensino básico e saem sem saber as distinções entre frase, oração e período. No capítulo resenhado, a autora, de forma simples e objetiva, apresenta essas distinções, ao elucidar que a frase pode ser tomada como podendo se constituir por uma única palavra - formada por uma interjeição - ou em enunciados mais complexos; mas, partindo do ponto da oralidade, precisa da situação, contexto em que essa unidade linguística se apresenta na comunicação. Por outro lado, na oração há todos os dados para a comunicação, sem que se necessite da utilização de mímica ou da situação para que seja compreendido o que se desejar passar. Outra distinção entre frase e oração está em que esta última, em uma análise sintática de seus constituintes, deve exibir, de forma clara ou oculta, um núcleo verbal; reunindo, na maioria das vezes, duas unidades significativas, chamadas sujeito e predicado.
O período é todo enunciado que se comporta como oração, podendo apresentar uma oração ou mais; sendo chamado de período simples ou composto. Para localizá-lo em um texto escrito, é preciso ter em conta que é delimitado por uma palavra iniciada por letra maiúscula e um sinal de pontuação final, como ponto-final, interrogação, exclamação e reticências.
Existe uma hierarquia gramatical de unidades linguísticas onde os morfemas se juntam para formar palavras, que se relacionam a outras palavras para formar os sintagmas, onde se associam a outros sintagmas formando frase/orações, onde os resultados dessas junções se unem para que possam existir os textos.
Retomando o pioneirismo de Ferdinand de Saussure; para se desvendar o sintagma, apresenta duas formas de conceituá-lo: sendo a construção resultante da articulação de pelo menos duas unidades linguísticas, em qualquer nível de análise; e da consideração de sintagma como toda construção sintática que constitua um “bloco” significativo ou funcional que pode “mover-se” no eixo horizontal (eixo sintagmático). As diferentes posições e relações que os diferentes tipos de sintagma assumem entre si em uma oração desempenham as funções sintáticas.
Com a leitura do terceiro capítulo do livro da professora Sautchuk, é provável um bom entendimento ou pelo menos um princípio do que se trata a sintaxe; esta que é tão importante para a língua. Para uma melhor fixação do significado de alguns termos; são, de forma intencional, repetidas algumas explicações dadas anteriormente e também sendo “ditas” de outra maneira, para que uma delas possa ser melhor entendida pelo leitor que não possua um conhecimento linguístico específico da área do ensino.
Apesar de o livro já ter uma linguagem de fácil entendimento, é sempre bom ver outra forma de se falar sobre algo. Para algumas pessoas, o entendimento pode ser adquirido de forma mais eficiente,escutando-se uma explicação ou a partir de imagens. No link abaixo, o professor apresenta, de forma tão simples quanto a do livro, o que o começo do terceiro capítulo demonstra; porém com outras palavras para designar alguns conceitos:


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