Partimos do tema Morfossintaxe, que nada mais é do que os estudos simultâneos que compreendem as análises morfológicas e sintáticas da língua. Na análise morfológica encontraremos a observação das estruturas e classificação (classes gramaticais) das palavras utilizadas. Já na análise sintática enfatiza investigar a ligação existente entre cada elemento que constitui um mesmo período.
Observem este exemplo citado por Inez Sautchuk no primeiro capítulo do seu livro Prática de Morfossintaxe, que compreende á variações possíveis da língua: " É por isso que um falante da língua “sabe” que não pode construir uma frase como (1) *Meus todos os amigos são divertidos, mas usa, em determinadas situações de oralidade, uma como (2) Meus amigo são demais. Pela mesma razão, um paulistano do bairro do Bixiga diz (3) Me dá um chopes e dois pastel, mas não aceitaria que o colega ao lado admitisse que iria (4) Beber o pastel ou que o seu (5)*cachor está doente. As construções (1), (4) e (5) infringem, respectivamente, leis sintáticas, semânticas e morfológicas constitutivas do sistema do português, enquanto (2) e (3) apenas contrariam regras normativas de sua sintaxe de concordância e de colocação." (p.3)
Em torno dos estudos gramaticais, constatando as unidades linguísticas e seus níveis de análise nos deparamos com uma certa hierarquia gramatical (escala de unidades linguísticas organizadas segundo graus de posição que seguem princípios constitutivos da língua)
----> Morfema --> Vocábulo --> Sintagma --> Frase --> Texto-- ;
O morfema então, na primeira posição, é a menor unidade constituída de significado e se junta á outros morfemas a fim de formar um vocábulo, este se une á outros vocábulos com o propósito de formar um sintagma e assim respectivamente obtemos uma teia de construção comunicacional.
" Observe que só é possível diferenciar uma unidade linguística “frase”, por exemplo, de outra unidade considerada “texto”, pela necessidade de atuação de uma segunda unidade não linguística: o contexto ou a situação de comunicação"(p.5)Morfemas Lexicais (lexemas)
----> Nomeiam os elementos : objeto, ação e qualidades. Possui inventário aberto, já que se relaciona com o mundo extralinguístico, tornando se infinito.
Morfemas Gramaticais (gramemas)
----> Elementos que estabelecem relação entre os lexemas. Possui inventário fechado, já que aparecem como conectores e são limitados.
Os gramemas podem não apresentar nenhuma autonomia e serem chamados de dependentes, já que só fazem sentido ao relacionarem-se, é o caso dos afixos, das desinências e das vogais temáticas. Quando sozinho adquirem significado recebem o nome de independentes, como ocorre em numerais, artigos, pronomes, preposições, advérbios, conjunções...
Gramemas ou lexemas, após essa breve introdução, podemos dizer que é verídico o tal princípio linguístico universal de que “nada na língua funciona sozinho”.Abraço pessoal! Bons estudos!
Att, Bonde das Maravilhas
Grupo: Morphosyntax learners (Assis, Eliézer, Humberto, Leandro e Leonardo) Texto contendo uma breve explicação do que está no livro da Profa. Sautchuk, onde não deixa que o leitor do post fique com dúvidas sobre o que leu, pois a linguagem é de fácil compreensão para as pessoas que não têm um conhecimento específico do léxico utilizado pelas da área pedagógica. O primeiro capítulo foi bem resumido, contendo uma boa explicação acerca da Morfossintaxe, essa que muitos olham para a palavra e pensam: “fugi nessa aula de Português”. Trabalho que nos faz esperar o próximo post do grupo, feito em “Simplificando Morfossintaxe”.
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